Uma mulher, de 37 anos, registrou um boletim de ocorrência na sexta-feira (6), após ser vítima de racismo no trabalho. A mulher é auxiliar administrativa no Hospital Universitário Mário Palmério, em Uberaba, e relatou que foi agredida verbalmente durante o expediente.
Segundo o B.O, ela estava recepcionando o setor de exames, departamento que funciona até às 11h30. Já havia dado esse horário e a vítima foi solicitada por terceiros, que perguntaram se ainda seria possível realizar um exame em uma paciente.
A mulher prontamente foi averiguar a situação com a técnica de enfermagem, que lhe disse que o atendimento da paciente ainda seria realizado. Ao retornar ao balcão da recepção para comunicar a informação, a paciente começou a gritar injurias raciais: "cala a boca"," sua negra", " afrodescendente", " você não é dona do hospital".
Testemunhas presenciaram a ação e o registro foi feito para medidas posteriores. Segundo a Lei Nº 7.716, Art. 1º, serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena é de reclusão e pode chegar até cinco anos.